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SALMOS


O Senhor Jesus e os apóstolos apreciavam o livro de Salmos e o citavam; além disso, eles o vivenciavam. Essas antigas orações e esses antigos louvores de Israel também são a palavra inspirada de Deus. Os salmos proporcionam uma ponte entre o Antigo e o Novo Testamento, e os temas tratados no livro de Salmos encontram novo desenvolvimento no Novo Testamento. Jesus se conecta com a dinastia de Davi, em sua missão, seus desapontamentos e seus erros. Onde a dinastia de Davi errou, Jesus dá esperança. O fato do Senhor Jesus não ter nenhum pecado, a sua identificação com o sofrimento dos membros da dinastia de Davi, a sua perfeita obediência e a sua exaltação abrem novas perspectivas para muitas das perguntas suscitadas no Saltério. No entanto, ainda estamos vivendo pela fé; a esperança do livro de Salmos, de que o povo de Deus cumprirá completamente os seus propósitos e de que todas as nações se submeterão ao Messias, ainda é para o futuro (veja 1Co 15.25-27).

CONTEXTO
Os salmos, como todo o conjunto das Escrituras, são inspirados e dados por Deus (2Tm 3.16). Mas cada salmo se origina de um autor humano, como uma oração ou um louvor ao Senhor. Os salmos são diversos, escritos como as respostas do povo de Deus a Ele. Os salmos incluem lamentações, salmos de louvor, sabedoria, agradecimento, reflexões sobre os poderosos atos de Deus, celebrações da revelação de Deus, e adoração.

O livro de Salmos reflete um longo processo de coleta. Durante mil anos, poetas escreveram esses poemas, enquanto as pessoas os recitavam e coletavam. A liturgia do Templo encorajava a coleta e a escrita dos salmos. Gradualmente, editores incorporaram coletâneas menores em coletâneas maiores, fazendo com que cinco coletâneas se tornassem um único livro de Salmos.

RESUMO
Os dois primeiros salmos servem de introdução a todo o Saltério (o livro de Salmos). O Sl 1 apresenta a instrução do Senhor em sabedoria, ao passo que o Sl 2 apresenta o governo de Deus sobre um mundo rebelde e pecador. No Sl 1, a pessoa da escolha de Deus é piedosa e sábia, se deleita em Deus, vive segundo a instrução divina e não se deixa influenciar por malfeitores. O Sl 2 fala da rebelião das nações e dos ímpios, do julgamento das nações rebeldes, e da proteção dos servos tementes e obedientes ao Senhor.

A leitura do Sl 1, no contexto de todo o Saltério, suscita três perguntas: (1) Existe perdão para os pecados? (2) Por que os servos tementes e obedientes ao Senhor sofrem? e (3) Por que os ímpios prosperam? A leitura do Sl 2, no contexto do Saltério, suscita duas perguntas similares: (1) Por que as nações prosperam? e (2) Por que os reis da linhagem de Davi não foram vitoriosos? O salmista luta com essas perguntas, e oferece diferentes perspectivas. Alguns dos poetas aceitam, tranquilamente, seus problemas, ao passo que outros discutem com Deus, o questionam ou se exasperam. Novas perguntas e dúvidas se originam de seus diálogos com Deus.

COMPOSIÇÃO DOS SALMOS
O processo de edição do Saltério em um único livro ocorreu ao longo do tempo, e foi concluído depois do exílio na Babilônia. Existem vários sinais da atividade editorial:

1. Os editores inseriram o Sl 1 e o Sl 2 como uma introdução a todo o livro de Salmos. Os dois salmos apresentam um retrato idealizado: O Sl 1 é um retrato da pessoa piedosa ideal, que vive segundo as instruções de Deus. O Sl 2 retrata o Messias, o rei ideal de Israel. O restante do Saltério desenvolve e aprofunda esses retratos, ao mesmo tempo expressando como nem o povo de Deus nem o seu rei eram capazes de satisfazer os ideais de Deus e trazer a felicidade e a paz do reino de Deus. O Saltério, portanto, testemunha que Jesus é o homem piedoso ideal e rei ideal de Israel, o Messias que foi o único que agradou a Deus e que é o único que assegura a redenção, a felicidade e a paz.

2. Salmos individuais estão coletados em unidades. Os editores organizaram esses agrupamentos menores de salmos em cinco coletâneas maiores: Livro Um (Sl 1–41, com uma doxologia e um duplo Amém em 41.13); Livro Dois (Sl 42–72, com uma doxologia e um duplo Amém em Sl 72.19), Livro Três (Sl 73–89, com uma doxologia e um duplo Amém em Sl 89.52), Livro Quatro (Sl 90–106, com uma doxologia e um Amém em Sl 106.48), e Livro Cinco (Sl 107–150, sem doxologia).

3. Os Livros Um (Sl 1–41) e Dois (Sl 42–72) formam o primeiro estágio da coletânea. A mudança, de Davi (Sl 3–32; 34.1–41.13), no Livro Um, às coletâneas de salmos do Livro Dois (os filhos de Corá, Sl 42–49; Asafe, Sl 50; Davi, Sl 51–65; 68.1–70.5; Salomão, Sl 72) revela uma mudança temática, de Davi, como o único modelo e professor, às outras perspectivas abertas por esses salmos. No final do Livro Dois, o editor comenta: “Aqui terminam as orações de Davi, / filho de Jessé” (Sl 72.20). Este comentário permaneceu válido, mesmo quando os Livros Três, Quatro e Cinco (com salmos adicionais de Davi) foram acrescentados à coletânea.

4. A adição do Livro Três (Sl 73–89) marca o segundo estágio. O Livro Três compartilha com o Livro Dois a sua preferência do nome Elohim para Deus (Sl 42–83) e a sua diversidade de coletâneas (Asafe, Sl 73–83; filhos de Corá, Sl 84–85; 87.1–88.18; Davi, Sl 86). O Sl 73 rompe o encanto lançado pela magnífica visão do reino messiânico no Sl 72, ao questionar a justiça e o poder de Deus. Essa questão chega ao auge novamente no Sl 89, o último Salmo do Livro Três.

5. Os salmos do Livro Quatro (Sl 90–106) lutam com questões que emergiram na época do exílio, quando parecia que o concerto que Deus celebrara com Davi havia sido dissolvido (veja Sl 89). Vários salmos incentivam o crescimento individual, em caráter e piedade (Sl 91–92) em resposta à crise. Muitos salmos dessa coletânea apresentam Deus como o rei verdadeiro e fiel, cujo reino se estende a todas as partes da criação (Sl 93–100). Ele ainda ama o povo, o rebanho da sua pastagem (Sl 100), mas eles têm que ouvi-lo (Sl 95,100). Ele é a origem do perdão, e a sua compaixão assegura à comunidade do exílio que o Senhor ainda se importa com o seu povo. A revisão da história da redenção, desde a criação até o exílio (Sl 104–106), explica tanto a sabedoria de Deus como a tolice de Israel, como uma estrutura para entendermos o exílio. A bênção de Sl 106.48 está incluída em 1Cr 16.36 e pode indicar que o Livro Quatro foi concluído na era posterior ao exílio (quando os livros de Crônicas foram compilados).

6. O Livro Cinco (Sl 107–150) foi, então, adicionado ao Saltério. Ele inclui várias coletâneas menores: o Hallel Egípcio (Sl 111–118), incluindo três hinos de aleluia (Sl 111–113), o Grande Hallel (Sl 114–118), o salmo de Torá (Sl 119), os Cânticos de Peregrinação (Sl 120–134), oito salmos de Davi (Sl 138–145), e cinco hinos de aleluia, na conclusão (Sl 146–150). O Livro Cinco apresenta a progressão temática de aflição, lamentação, o resgate de Deus e o louvor. O salmo inicial (Sl 107) inicia esse padrão, e o seu versículo final (Sl 107.43) indica a importância da sabedoria ao discernir os caminhos de Deus. O Sl 119, o salmo mais longo, celebra a sabedoria de Deus e a palavra de Deus. O cuidado histórico do Senhor por Israel, no deserto (Sl 114–118; 135.1–136.26) prepara a Israel do exílio e a posterior ao exílio para a leitura das orações finais de Davi (Sl 138–145) de uma nova maneira: Davi espera a vinda completa do reino de Deus (Sl 145). Os salmos de aleluia confirmam a sinceridade dessa esperança (Sl 146–150).

7. Parecem ter sido feito acréscimos a salmos já existentes. Isso pode explicar a oração pela restauração de Sião (Sl 51.18-19) e a bênção de Deus sobre Jerusalém (Sl 69.34-36). Mudanças na situação do povo de Deus podem ter ocasionado o acréscimo de novas linhas, em cada caso.

8. Os manuscritos disponíveis revelam alguma flexibilidade na organização e nos títulos dos salmos. A edição hebraica e a grega do Saltério contêm 150 salmos, mas com diferentes divisões e numerações, bem como diferenças com base nas quais salmos recebem títulos. O texto grego combina os Sl 9–10 em um só, e também os Sl 114–115, mas divide em dois o Sl 116 e também o Sl 147.

Na época do Senhor Jesus Cristo, o Saltério era bem conhecido como o livro de Salmos (Lc 20.42; At 1.20). Ele fazia parte da terceira seção do cânone hebraico, que era chamada de Os Escritos (Lc 24.44).

AUTORES
Muitos dos salmos são associados a Davi, mas não todos; menos da metade (setenta e três deles) estão conectados a ele. Outros são associados a Asafe (Sl 50; 73–83), aos filhos de Corá (Sl 42–49; 84–85; 87), Salomão (Sl 72; 127), Hemã (Sl 88), Etã (Sl 89), e Moisés (Sl 90).

Dos 116 salmos que têm um título (veja Títulos dos Salmos, abaixo), muitos identificam uma pessoa. A pessoa mencionada pode ser o autor, mas não necessariamente. A preposição hebraica le, antes do nome (frequentemente traduzida como “de”) pode significar “para”, “dedicado a”, “acerca de”, ou “por”. Assim, ledawid (frequentemente traduzida como “de Davi”) poderia ser interpretada como “para Davi”, “dedicado a Davi”, “acerca de Davi”, ou “por Davi”. Embora muitos salmos “de Davi” possam ter sido escritos por ele, há várias razões para cautela. Os títulos, às vezes, têm dois nomes, como Davi e Jedutum ou Asafe (Sl 39; 62; 77). É possível que o outro indivíduo seja o verdadeiro autor do salmo. Além disso, os salmos cujos títulos os conectam a um episódio da vida de Davi (Sl 3; 7; 18; 34; 51; 52; 54; 56; 57; 59; 60; 63; 142) oferecem pouca ou nenhuma conexão específica com esses episódios. Por exemplo, o título do Sl 51 conecta o salmo com o pecado de Davi e a repreensão de Natã. O salmo fala de pecado, perdão e um espírito quebrantado, mas qualquer menção aos detalhes do pecado é notoriamente ausente. Além disso, vários salmos “de Davi” parecem supor a existência do Templo, que só foi construído depois da morte de Davi (veja Sl 5.7; 122: título; Sl 138.2). Similarmente, o título do Sl 30 conecta Davi à dedicação do Templo, e o Sl 69 não parece se encaixar no que conhecemos da vida de Davi. Finalmente, algumas tradições textuais variam na menção a Davi no título (por exemplo, Sl 122; 124). É possível, portanto, que ledawid deva ser interpretada, em muitos casos, como “para/dedicado a Davi” (com o sentido de “acerca de Davi”) em lugar de “de Davi”. Esses salmos evocam a sua pessoa como o principal representante da dinastia de Davi, sem sugerir que ele mesmo fosse o autor do salmo. Ainda assim, há muitos salmos que poderiam ter sido escritos pelo próprio Davi.

QUESTÕES LITERÁRIAS
O título da coletânea, Salmos, vem da palavra grega psalmos (“cântico”; veja Lc 24.44; 20.42), que é a tradução da palavra hebraica mizmor, uma palavra frequentemente encontrada nos títulos de salmos individuais (por exemplo, veja Sl 3: título, “salmo”). A palavra mizmor é conectada a um verbo que significa “tocar um instrumento de cordas”. Originalmente, os salmos eram acompanhados de instrumentos, e faziam parte da tradição oral de Israel, antes que fossem coletados em grupos. O título hebraico do Saltério é tehillim (“louvores”), uma palavra conectada à expressão hallelujah (“louvai a Yahweh”).

Títulos dos Salmos. Os títulos dos salmos, ou breves textos sobrescritos que acompanham muitos dos salmos, dão informações sobre quem é o autor (veja acima), o tipo de salmo (por exemplo, cântico, oração), uma indicação musical, uma indicação sobre o uso do salmo, um contexto histórico ou uma dedicação. Grande parte da informação não é bem interpretada. Como resultado muitos estudiosos não dão muita ênfase aos títulos dos salmos na interpretação dos mesmos.

No texto hebraico, os títulos dos salmos são numerados tipicamente como versículo 1. Como resultado, os números de versículos em todo o salmo diferem dos números apresentados nas traduções em nosso idioma.

Interlúdio (em hebraico, Selah). Esta palavra é encontrada 71 vezes no livro de Salmos. Não se conhece ao certo o significado da palavra, embora, provavelmente, seja uma palavra musical ou literária. Na versão NLT, ela é sempre traduzida como “interlúdio”.

Agrupamentos dos Salmos. Os salmos podem ser agrupados de várias maneiras:

  • Segundo os nomes que usam para Deus: Yahweh (“o SENHOR”, Sl 1–41) e Elohim (“Deus”, Sl 42–72).
  • Segundo os nomes nos títulos: Davi (Sl 3–32; 34.1–41.13, etc.), os filhos de Corá (Sl 42–49; 84.1–85.13; 87.1–88.18), e Asafe (Sl 50; 73–83).
  • Segundo o gênero (veja abaixo).
  • Muitos dos salmos estão em coletâneas no Saltério: por exemplo, os Cânticos de Peregrinação (Sl 120–134). Outras coletâneas foram reconhecidas na tradição judaica, como o Hallel Egípcio (Sl 113–118) e os hinos de aleluia (Sl 146–150).
  • Segundo conexões temáticas, tais como a majestade de Deus (Sl 93–100), ou o enredo, desde a criação até o exílio (Sl 104–106).

Gêneros dos Salmos. Os títulos dos salmos frequentemente designam o gênero de um salmo. O gênero mais frequente no título de um salmo é “salmo” (em hebraico, mizmor), um cântico originalmente acompanhado por instrumentos de cordas. Menos frequentes são as palavras maskil (“salmo, um cântico”, “poesia”: Sl 32; 42; 44–45; 52–55; 74; 88; 89), miktam (“salmo, um cântico”, “hino”: Sl 16; 56–60), shir (“canção”: Sl 45; 120–135), shiggayon (“salmo”, um termo genérico ou musical: Sl 7, “hino”), tepillah (“oração”: Sl 17; 86; 90) e tehillah (“canção de louvor”: Sl 145), higgayon (“meditação”, significado desconhecido: Sl 9.16), e todah (salmo de ação de graças ou louvor: Sl 100).

Além das identificações de gênero que são encontradas no texto hebraico, os salmos também podem ser divididos em três categorias principais:

  1. Salmos de sabedoria ou para instrução (Sl 1; 15; 24; 33; 34; 37; 73; 90; 107);
  2. Salmos de lamentação (a maioria dos salmos dos livros I-III), que podem ser subdivididos em lamentações individuais e comunitárias;
  3. Hinos de louvor ou ação de graças (Sl 8; 19; 29; 65; 67; 114), que, similarmente, podem ser divididos em hinos individuais e comunitários.

Os salmos de louvor incluem vários subgêneros, incluindo salmos “reais” sobre o rei (Sl 2; 45; 72; 89; 110); salmos que atribuem a majestade e a realeza ao Senhor (Sl 93; 95–99); hinos sobre a criação (Sl 19; 29; 104); e hinos sobre Sião (Sl 46; 48; 84; 87).

Outra maneira de ler os salmos é baseada no movimento, em muitos salmos, da instrução a um problema, e do problema a uma renovação de compromisso e de caráter. O Saltério, como uma coletânea de cinco livros, é enormemente instrutivo, em natureza. É “instrução” (torah, “lei”, Sl 1.2) e tem o propósito de ensinar o povo de Deus como viver.

OS SALMOS NA ADORAÇÃO DE ISRAEL
A coletânea de 150 poemas líricos, conhecida como o Saltério, contém muitas informações a respeito de como se fazia música na antiga nação de Israel. A maioria dos salmos é constituída de cânticos de louvor, ação de graças, oração e arrependimento. Há também odes históricas que narram grandes eventos nacionais (por exemplo, Sl 30, “Canção para a dedicação do Templo”, e Sl 137, que retrata os sofrimentos dos judeus em cativeiro). Esses salmos tiveram um papel na vida da comunidade; no entanto, a natureza exata desse papel é incerta.

SIGNIFICADO E MENSAGEM
Os salmos proporcionam janelas para as almas dos santos antigos que os escreveram. As suas reflexões teológicas não são fáceis nem ingênuas, mas a fé dos salmistas, quando posta à prova, é purificada. Os salmos desenvolvem a profundeza de caráter, a sabedoria, a honestidade e a autenticidade. Eles preparam o povo de Deus para a vinda de Jesus Cristo, como o Adão perfeito (humano) e como o Rei, o descendente de Davi, que tem absoluta integridade.

As orações no Saltério são mais do que modelos a imitar: são as instruções de Deus para uma vida justa, parte da sua torah (“instrução”, veja Sl 1; 19; 119). Deus ensina quem Ele é, o que Ele fez e o que espera do seu povo. Os salmos são centrados em Deus, instruindo o povo de Deus a ser como Deus, receber a sua correção e discernir erros em si mesmos. Com os salmos, Deus incentiva o seu povo, individualmente e como comunidade, para que o adorem de uma forma vibrante. Os salmos e seus acompanhamentos musicais testemunham ao mundo a respeito de Deus.

Os salmistas refletiram sobre a natureza transitória da vida, sobre o sofrimento e sobre os muitos tipos de adversidade que os seres humanos vivenciam. Como os salmistas enfrentavam alienação e sofrimento, eles ansiavam pela presença de Deus, pela sua provisão e proteção (por exemplo, Sl 23), e por uma glória duradoura. Até mesmo os salmos conectados com Davi frequentemente revelam um Davi humilde, e não vitorioso – um Davi mais frequentemente humilhado, que um Davi glorioso e real. Os salmistas viviam em um mundo cheio de alienação, e ansiavam por redenção. Em muitas circunstâncias eles eram ultrajados e envergonhados, e confiavam que o Senhor os vindicaria através da sua presença gloriosa.

O Saltério mostra os erros de Israel e da dinastia de Davi. O melhor dos israelitas piedosos e o melhor dos reis da dinastia de Davi foram incapazes de trazer a condição de felicidade e paz de que falam os Sl 1 e 2 (veja também Sl 72). Os salmos são a exortação de Deus a cada pessoa, para que cultive a sabedoria, confie nele, viva segundo a graça, e tenha esperança naquele que virá trazer as bênçãos de Deus a um mundo necessitado.

O próprio Jesus compreendeu sua vida e ministério, como também os apóstolos, à luz dos salmos (veja Mt 13.34-35; 21.16,42; 23.39; Jo 2.17; 15.25; 19.24,28,36; At 2.22-35; 4.11; 13.32-38; Rm 15.3; 1Co 15.25-27; Ef 4.7-10; 1Pe 2.7). Jesus entrou no mundo dos humanos e exibiu os padrões encontrados nos salmos, incluindo a humilhação, o sofrimento, a morte, a vindicação e a glória. Ele é o único ser humano que agradou completamente a Deus (Sl 1). Ele é Messias e Rei (Sl 2) que se tornou nosso meio de redenção, felicidade e paz.